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A Moça Barulhenta

Moça, de óculos escuros, com a mão na boca.

Mário a conheceu pelo Tinder. Foram duas semanas de papos aleatórios. Falaram sobre futebol – ela é tão Flamenguista quanto ele, sobre economia – ela defende o capitalismo de mercado, ele não, sobre Rock in Rio – ela não queria perder o show do Foo Fighters e ele o do Iron Maiden, e sobre sexo – ela prefere fazer do que falar, ele também.
A oportunidade de se encontrarem surgiu quando a colega de quarto dela viajou e deixou o apartamento disponível no final de semana. O bicho pegou! Ela o deixou cansado, acabado e muito feliz. Ele também mandou bem, segundo a avaliação dela. E marcaram um repeteco para dali uma semana.
Um fato chamou atenção dele: ela grita como ninguém! Grita alto, fala palavrões, dá ordens! Enfim, o prédio inteiro sabe o que está acontecendo no apartamento. Em detalhes.
No final de semana seguinte, lá estava ele de novo, mais empolgado que menino quando ganha o primeiro tablet. Quando ela abriu a porta, para surpresa dele, a amiga dela estava lá, e com os pais. Ela o apresentou como um colega da faculdade que estava ali para revisar o trabalho de Economia.
Claro que os pais olharam torto, mas eles deram de ombros. Foram para o quarto e começaram a se pegar. Até que ela parou:
-Não posso. Vou começar a gritar e vai dar ruim com os pais dela.
Pensando com a cabeça de baixo, Mário teve uma ideia fantástica:
-Morde a minha mão, assim você não grita.
E assim foi! Mandaram ver! Foi legal, claro que foi!
O foda foram os seis pontos na mão!
Mário não voltou mais…

Marcações:

8 comentários em “A Moça Barulhenta”

  1. Tô adorando sua aventura de escrever, superando o luto da mamãe também quero iniciar… mas vamos lá, você estava indo tão bem até a proposta de morder a mão. Péssima ideia. Seis pontos então!!! O travesseiro na cara pra abafar o som seria mais real. E os pais ouvindo coisas estranhas do quarto ao lado seria interessante também. Depois Mário saindo do quarto com uma cara feliz de fazer inveja nos velhinhos!! Siga com seus contos e melhore os finais das histórias. Troque ideias com os coleguinhas.
    Abraços.
    Letícia.

  2. A mordida é seu toque de humor! Abafar o som, seria clichê.
    Mais interessante que sufocar a moça, seria uma bela musica alta, abafa gritos e tapas, ouvi dizer…
    Mandou bem Dr. Senhor de Si!

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